20 . 4 . 2022
Compreender a anatomia do sapato é um passo importante a dar para melhorar a sua experiência de compra. Imagine que está prestes a fazer um investimento num novo par de sapatos premium de qualidade — não gostaria de cada detalhe acerca do modo como foram feitos e construídos?
Afinal, quais são as partes que compõem um sapato? A anatomia do sapato ajuda a entender como tudo se conjuga estruturalmente. Mas, talvez mais do que isso, ajuda também a saber escolher e a decidir sobre o próximo par de sapatos.
A anatomia do sapato é a terminologia utilizada para a divisão de cada uma das partes que compõem um determinado tipo de sapatos. Neste caso, vamos focar a nossa atenção nos detalhes dos sapatos de estilo clássico, sejam eles mais formais ou informais.
Como pode imaginar, existem dezenas de partes diferentes que fazem parte da anatomia do sapato.
Aliás, podem ser bem mais de trinta partes! Mas fique tranquilo, neste artigo vamos centrar-nos no essencial: as 12 partes integrantes da anatomia do sapato que deve mesmo conhecer.
Para tornar o assunto mais fácil de apresentar e entender, começamos por dividir toda a anatomia do sapato em duas partes: a parte superior e a sola.
A sola é exatamente o que está a pensar: é a parte de baixo do sapato, ou seja, é a parte que realmente entra em contacto e toca no chão.
No entanto, o que talvez possa não saber é que a sola pode ser dividida em quatro partes diferentes: a sola exterior, a entressola e a palmilha, além do salto.
Por outro lado, a parte superior do sapato é exatamente o oposto da sola. É composta por tudo o que fica em torno dos pés e pode também ser dividida em cinco partes, conforme a anatomia do sapato: as laterais, a gáspea, a lingueta, a biqueira e o contraforte.
Em seguida, descrevemos brevemente cada uma destas partes, para que possa ficar a conhecer o essencial sobre a anatomia do sapato de cima a baixo.
Na anatomia do sapato, a parte superior é feita de tudo o que cobre e envolve o pé, desde a sola para cima. Todas as partes são moldadas ou costuradas, de modo a transformar todas as peças numa unidade coerente, à qual a sola é então unida.
As laterais, a gáspea, a lingueta, a biqueira e o contraforte são o essencial para a anatomia da parte superior do sapato.
Em poucas palavras, as laterais são, literalmente, as partes que compõem as laterais de um sapato, bem como a parte de trás do mesmo, onde encontramos o contraforte e o reforço em pele e até ao local dos atacadores.
A forma como as laterais são criadas pode mesmo ser a diferença entre dois estilos diferentes de calçado e influenciar o sistema de atacadores que pode ser aberto ou fechado.
Na anatomia do sapato, o que complementa estas laterais é a gáspea.
A gáspea é uma secção da anatomia do sapato que faz parte da parte superior do mesmo e se une às laterais. Em suma, a gáspea é a parte que cobre a parte superior da frente do pé, entre a biqueira e a lingueta.
Esta é a parte que se dobra com o movimento quando andamos. Portanto, essa é, ao mesmo tempo, uma parte da anatomia do sapato que exige mais cuidado e atenção ao longo do tempo.
Embora alguns vincos sejam inevitáveis, investir num par de sapatos de qualidade feitos em pele de qualidade ajuda a reduzir este tipo de vincos, bem como se torna essencial guardar os sapatos com uma shoe tree que mantém a gáspea esticada.
É em frente à gáspea que encontramos a biqueira. Na anatomia do sapato, é onde os dedos dos pés ficam cobertos. A forma da biqueira pode variar muito: de quadrada a redonda a pontiaguda, o que, naturalmente influencia bastante o design final.
Esta parte do sapato tende também a ser reforçada com uma camada extra de pele, ou mesmo de aço, para ajudar a proteger os dedos dos pés de diferentes circunstâncias.
As biqueiras podem ser lisas ou serem complementadas por características decorativas, como as perfurações que encontramos nos Wingtip Brogues.
A lingueta, na anatomia do sapato, é a peça que encontramos diretamente por baixo dos atacadores.
Esta é facilmente reconhecível pela sua flexibilidade que ajuda a distribuir a pressão que é feita quando fixamos com segurança o sapato aos pés ou, por outras palavras, quando atamos os atacadores, enquanto protege o pé.
Por último, mas não menos importante: o contraforte. O contraforte da anatomia do sapato é a parte de trás da parte superior e, geralmente, é a continuação, na vertical, do salto.
Normalmente, esta também é uma peça em pele reforçada, pois o seu principal objetivo é o suporte não só dos pés, mas também de todo o peso do corpo durante uma caminhada.
Estas são as partes fundamentais da parte superior do sapato. O que leva à sola.
A sola dos sapatos é, provavelmente, a parte mais reconhecível da anatomia do sapato. É também uma das mais comuns, pois existe em todas as categorias de calçado, desde as sandálias às botas e aos ténis de corrida.
Como vimos, a sola é ainda uma das duas partes principais da anatomia do sapato, sendo a outra a parte superior. Por si só, a sola cumpre dois propósitos: proteção e conforto.
Isso apenas se torna possível ao dominarmos o essencial da palmilha, da entressola, da sola exterior e do salto.
A palmilha da anatomia do sapato é onde os nossos pés descansam e se sentem mais confortáveis quando usamos um par de sapatos de qualidade.
A pele macia é um material comum utilizada nesta peça, mas muitos outros podem ser usados, desde que proporcionem conforto aos pés.
Entre a palmilha e a sola exterior vem a chamada entressola da anatomia do sapato.
Esta entressola é raramente vista pelo utilizador, pois a sua principal função é o fornecimento de uma camada extra de conforto entre o que efetivamente toca o solo e protege o pé e a parte que realmente nos toca no pé.
Na Carlos Santos Shoes, utilizamos cortiça para criarmos a entressola. A cortiça é um material muito leve que ajuda a amortecer e a proteger os pés, ao mesmo tempo que os molda ao sapato, melhorando a sua utilização uma e outra vez.
Para uma grande maioria das pessoas, a sola é composta única e exclusivamente pelo que chamamos de sola exterior. Contudo, na anatomia do sapato, a sola exterior é apenas a parte do sapato que toca o chão enquanto andamos.
A espessura desta sola exterior varia de modelo para modelo e, acima de tudo, é proteção aquilo que precisa de fornecer.
É também por isso que as solas exteriores tendem a ser muito muito mais resistentes que as restantes partes de um sapato, além de poderem ser também impermeáveis.
Por fim: o salto. Tal como a sola exterior da anatomia do sapato, muitos materiais podem ser utilizados para criarmos este salto.
É o salto que suporta a parte de trás do pé, mas também desempenha um papel importante na criação de um equilíbrio entre a parte de trás e a parte da frente de um sapato.
Agora que já conhece as principais partes da anatomia do sapato, está agora mais preparado para avaliar o que significa adquirir um par de sapatos de qualidade desenhados por Carlos Santos.